terça-feira, 6 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
Comissão eleitoral confirma eleição de Berenice Tourinho para reitora da UNIR
A Comissão Especial de Consulta Eleitoral para Reitor da UNIR 2012/2016, determinada pelo Ato Decisório 70/CONSUN, reunida no auditório da UNIR Centro, em Porto Velho (03/3), depois de apurar as urnas dos oito campi (Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes, Ji-Paraná, Presidente Médici, Rolim de Moura, Cacoal e Vilhena), totalizou a votação com o seguinte resultado:
CANDIDATO
|
PROF. DO
QUADRO
|
PROF. EXTRA
QUADRO
|
TÉCNICO
|
ACADÊMICO
|
PERCENTUAL
|
BERENICE TOURINHO
|
243
|
26
|
95
|
1532
|
50,00
|
ENE GLÓRIA
|
20
|
70
|
272
|
27,51
| |
MARIA CRISTINA
|
49
|
1
|
57
|
364
|
12,49
|
JÚLIO ROCHA
|
28
|
6
|
9
|
273
|
6,42
|
JÚLIO MILITÃO
|
20
|
0
|
9
|
48
|
3,57
|
TOTAL
|
488
|
53
|
240
|
2489
|
100,00
|
O professor Ene Glória, que ficou em 2ª lugar na consulta eleitoral, em carta encaminhada aos professores, reconhece o resultado das urnas como uma manifestação democrática da comunidade acadêmica, ao dizer: “quero parabenizar a professor-doutora Berenice Tourinho pela vitória e manifestar toda a minha solidariedade e empenho para que possa fazer um excelente reitorado”, acrescentando, “a professora Berenice Tourinho tem a capacidade para exercer o cargo com brilhantismo”.
A professora Maria Cristina, vice-reitora no exercício da reitoria, e que também concorreu à consulta, ficando na terceira colocação, afirmou: “a vitória da professora Berenice Tourinho é inquestionável, pois reflete o desejo da comunidade universitária, o que deve ser respeitado”.
O professor Júlio Rocha, candidato que ficou em 4ª lugar na consulta, diante da comissão eleitoral, manifestou-se: “eu apoio a vitória da professora Berenice, reconhecendo isso ainda antes do fechamento da contabilidade final dos votos. É importante o reequilíbrio e harmonização institucional da nossa Universidade”.
Professor Júlio Militão, candidato que ficou em quinto e último lugar, diante do resultado extraoficial, telefonou para a professora Berenice Tourinho e expressou o seu reconhecimento à vitória expressiva da candidata na consulta.
A professora Berenice Tourinho, ao comentar os votos recebidos, agradeceu o apoio da comunidade universitária, dos movimentos sociais, dos partidos políticos e das demais pessoas que expressaram o desejo de mudanças na UNIR, dizendo: “essa vitória é a vitória do conjunto dos docentes, discentes e técnicos administrativos que acreditou em uma proposta coletiva, desde o movimento da greve, portanto, é o resultado de um processo que começou em 14 de setembro de 2011 com a deflagração da greve”.
Encerrada a apuração, o professor Gerson Flores presidente da Comissão eleitoral ao divulgar o resultado, informou que os procedimentos eleitorais transcorreram de forma normal e que agora o processo será encaminhado para a secretaria dos Conselhos Superiores, e destacou dizendo: “é a primeira vez que a UNIR elege uma mulher como reitora, o que representa um marco histórico na nossa Universidade e também é a primeira vez que o procedimento eleitoral ocorre por meio de urna eletrônica”, e acrescenta: “aproveito para agradecer o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) e o Comando da Polícia Militar (PM-RO) na pessoa do Cel. Paulo Cezar de Figueiredo” e encerra parabenizando e desejando boa sorte à nova gestão.
Conforme o Decreto nº 1.916, de 23 de maio de 1996, o resultado do processo de consulta será encaminhado para o Conselho Universitário (CONSUN), que se reunirá no dia 15 deste mês, para formalização da lista tríplice a ser encaminhada para o Ministério da Educação (MEC) para apreciação. Em seguida, a lista tríplice apreciada pelo MEC será encaminhada à presidenta Dilma Rousseff, que nomeará a nova reitora.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Berenice recebe apoio de Vilhena na reta final da campanha
Uma gestão democrática, na qual as definições de prioridades são decisões tomadas pela própria comunidade acadêmica. A proposta apresentada por Berenice Tourinho em Vilhena conquistou o apoio de professores, técnicos e estudantes na reta final da campanha para reitora da Universidade Federal de Rondônia.
Nesta segunda-feira, dia 27, a agenda foi intensa no campus, reuniões nos três períodos para apresentar as propostas, baseadas em três eixos principais: Unir, Reconstruir e Consolidar a Universidade de Rondônia. “Todas essas etapas serão cumpridas de forma democrática, com a participação de todos os segmentos”, ressaltou.
Berenice afirmou que se sentiu acolhida em todos os campi por onde passou durante esse mês da campanha, por isso reafirmou a confiança na vitória da comunidade acadêmica, ávida por mudanças, independente do candidato que venha a ganhar no processo de consulta. "Se ganharmos, ganhamos, se perder, ganhamos". Assim se referiu Berenice Tourinho afirmando seu compromisso na continuidade da ampla participação política e nas decisões e ações da UNIR, de agora em diante. "Não podemos mais permitir que não se discuta a Universidade com todos que dela fazem parte: técnicos, alunos e professores, além da comunidade em geral. Não podemos mais permitir que não sejam respeitadas as instancias intitucionais de tomada de decisão da Universidade, desde os Colegiados dos Departamentos de cursos até os Conselhos Superiores", destacou.
Como única candidata escolhida coletivamente pelo Fórum Permanente em Defesa da Universidade Federal de Rondônia, e conciente da necessidade da união e da discussão e transparência, Berenice Tourinho declarou que se sente confortável para representar a instituição nessa fase de transformação e crescimento, caso venha a ser confirmada a sua eleição.
As manifestações de apoio a candidata ao longo de encontros e visitas reforçaram sua determinação na missão que assume: qual seja a de unir a UNIR, reconstruir a UNIR e consolidar a UNIR. Por tudo isso, nesta quinta-feira, 1° de março, vote BERENICE TOURINHO, vote: 40.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
VISITA DE BERENICE TOURINHO INTENSIFICA CAMPANHA NOS CAMPI DA UNIR
Depois de realizar reuniões com professores, estudantes e técnicos-administrativos no campus de Guajará-Mirim, na quarta-feira (22), a professora Berenice Tourinho, candidata à reitora da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com o número 40, esteve também em Rolim de Moura nessa quinta-feira (23).
No campus de Rolim de Moura, Berenice Tourinho foi recebida com muito entusiasmo pela comunidade universitária, com visível demonstração de carinho e apoio à sua candidatura. Pela parte da manhã, a convite dos professores, dialogou com estudantes em sala de aula. Já na parte da tarde e noite, reuniu-se com os professores, estudantes e técnicos-administrativos para apresentar seu plano de gestão e dialogar com a comunidade sobre os problemas da UNIR.
Berenice Tourinho admite a existência de inúmeros problemas existentes na Universidade. No entanto, destaca a necessidade de consolidar os cursos existentes e, com urgência, regulamentar os cursos de graduação criados recentemente. Para isso, é necessário realizar um trabalho coordenado com os departamentos acadêmicos, Conselhos Superiores da Universidade e o Ministério da Educação (MEC).
Destacou, em fala, que sua gestão respeitará as decisões colegiadas a partir dos departamentos e que vê o Fórum Permanente em Defesa da UNIR como um espaço que possa aglutinar, além da comunidade universitária, também a sociedade civil na busca da melhoria da única universidade pública de Rondônia. Acrescenta: “não devemos ter medo do debate, pois a Universidade é o lugar por excelência das discussões. Vamos buscar, nas diferenças, as soluções para os problemas da UNIR, bem como queremos contribuir com a busca de soluções para os problemas da sociedade como um todo”.
No campus de Rolim de Moura, Berenice Tourinho foi recebida com muito entusiasmo pela comunidade universitária, com visível demonstração de carinho e apoio à sua candidatura. Pela parte da manhã, a convite dos professores, dialogou com estudantes em sala de aula. Já na parte da tarde e noite, reuniu-se com os professores, estudantes e técnicos-administrativos para apresentar seu plano de gestão e dialogar com a comunidade sobre os problemas da UNIR.
Berenice Tourinho admite a existência de inúmeros problemas existentes na Universidade. No entanto, destaca a necessidade de consolidar os cursos existentes e, com urgência, regulamentar os cursos de graduação criados recentemente. Para isso, é necessário realizar um trabalho coordenado com os departamentos acadêmicos, Conselhos Superiores da Universidade e o Ministério da Educação (MEC).
Destacou, em fala, que sua gestão respeitará as decisões colegiadas a partir dos departamentos e que vê o Fórum Permanente em Defesa da UNIR como um espaço que possa aglutinar, além da comunidade universitária, também a sociedade civil na busca da melhoria da única universidade pública de Rondônia. Acrescenta: “não devemos ter medo do debate, pois a Universidade é o lugar por excelência das discussões. Vamos buscar, nas diferenças, as soluções para os problemas da UNIR, bem como queremos contribuir com a busca de soluções para os problemas da sociedade como um todo”.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Berenice Tourinho ganha apoio da comunidade acadêmica em Ariquemes
No debate realizado no campus da UNIR em Ariquemes, na
última sexta-feira, entre os candidatos à reitoria da Universidade Federal de
Rondônia, a professora Berenice Tourinho, mais uma vez, destacou-se e ganhou
apoio da comunidade acadêmica. O debate contou com a participação de técnico-administrativos,
professores e acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Engenharia de Alimentos.
Com exceção da reitora interina, todos os candidatos estiveram
presentes. Berenice Tourinho agradeceu o convite e reforçou que sua
candidatura é fruto de um processo que se iniciou com o movimento de greve e se
confirmou com a criação do Fórum Permanente em Defesa da UNIR, local de livre
debate e participação de todos, para discussão da Universidade Federal.
Questionada pelo professor Idone Bringhenti sobre boatos de que ela
é uma saudosista do regime cubano e que o maior problema dela são seus
apoiadores, Berenice respondeu que é, sim, uma admiradora do sistema educacional cubano.
"Diga-se de passagem, um dos melhores do mundo, a ilha possui um sistema
pautado na meritocracia e tem exportado políticas públicas educacionais para o
mundo", destacou.
Sobre os apoiadores, Berenice esclareceu que o apoio vem direto do
"núcleo da greve": são pessoas que estiveram à frente do último
movimento de greve e que estão no Fórum. “Não posso negar o apoio desses
colegas para ganhar os votos daqueles que não gostam deles, tampouco pedir que
eles se afastem da campanha”, enfatizou. Berenice aproveitou o questionamento
para falar da necessidade de reestruturação, recuperação da governabilidade da
UNIR, necessidade de respeito às instâncias deliberativas e das decisões dos
Departamentos de Curso, reafirmando que sua gestão será participativa, do
coletivo. “Desde o início tem sido assim, desde a própria escolha do meu nome
pelo Fórum, num processo de consulta democrático e igualitário, com votos
iguais para professores, estudantes e técnico-administrativos”, finaliza.
No final do debate, Berenice foi cercada por estudantes que fizeram
perguntas e manifestaram apoio à sua candidatura.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Berenice apresenta propostas aos alunos de medicina
No debate organizado pelo próprio departamento a candidata se destaca dos demais
Com amplo conhecimento sobre a conjuntura do curso de medicina, a candidata à reitoria da Unir Berenice Tourinho, demonstrou suas propostas para alunos e professores da área, em debate realizado nesta quinta-feira, dia 16, no auditório da Unir Centro. “Não dá para contar só com os recursos federais, é preciso direcionar o curso de medicina para a realidade regional. Regulamentar e fechar convênios com instituições que possibilitem as operacionalização de requisitos básicos como a residência e o estágio”, destacou.
Lembrou que a Universidade, assim como outros cursos de formato integral, não tem regulamentação do estágio o que implica em riscos para quem deve cumprir horas curriculares em outras instituições como escolas, clínicas ou hospitais. Por isso ressaltou a necessidade de se traçar as regras, e a partir daí, oferecer condições de um aprendizado mais participativo e integrador com a comunidade.
O diagnóstico crítico da professora, que também já deu aulas de sociologia na medicina e por isso se sente próxima dos alunos e demais colegas, aponta para a ausência do espaço da negociação. “Quem pretende assumir a reitoria tem de estar consciente do seu papel político institucional. É preciso voltar a atenção para os profissionais do departamento, para as necessidades dos alunos. Discutir com quem sabe fazer para encontrar as soluções”, expôs.
Quatro candidatos compareceram ao debate, todos tiveram tempo delimitado em 7 minutos, intermediado pelo coordenador do curso, o médico José Ferrari. Berenice foi última a se pronunciar e com muita clareza e didatismo traçou suas metas de campanha, construídas a partir de numa realidade de desfacelamento da instituição. “Precisamos nos Unir para Reconstruir e Consolidar”, declarou Berenice, reforçando a linhas principais de sua campanha.
Outro ponto do debate foi a apresentação de uma nota de repúdio a uma procuradora jurídica da universidade que, segundo o documento, estaria se manifestando contra os interesses do curso. Berenice foi solidária ao posicionamento dos estudantes e sugeriu a descentralização do controle interno da universidade para evitar casos como esse.
Por fim, Berenice reforçou o pedido de apoio aos estudantes, grande parte deles com camisetas e botons, estampados com o 40, número da professora para a data da votação, no dia 1º de Março.
Fonte: assesoria
FUNDAMENTOS DA CAMPANHA DA PROFESSORA BERENICE TOURINHO A REITORIA
1. Uma campanha de eleição para Reitoria tem semelhanças com campanhas políticas da sociedade mais ampla, mas tem diferenças significativas e não se pode confundir uma com a outra.
2. Uma campanha na Universidade pública, sustentada por recursos que são de todos, que envolve professores, técnicos e estudantes universitários, a elite intelectual de qualquer nação, deve ser a demonstração de que se pode fazer política com respeito e dignidade;
3. Os ataques pessoais, as ofensas à integridade, os golpes baixos, as mentiras e as calúnias, alimentadas pelo ódio, pela maledicência e pela inveja, são inadmissíveis e não devem prosperar. Destarte, não serão respondidas.
4. Todos têm direito a expressar suas opiniões, mas os limites estão dados pela regras de civilidade e respeito civil. Nunca é demais lembrar que, terminada a eleição, voltamos às salas de aula, aos laboratórios, aos escritórios, à convivência profissional cotidiana, que exigem colaboração mútua e aceitação das diferenças.
5. O programa de governo é o alicerce da campanha. Ele descortina os compromissos da candidatura e esclarece o eleitor. Sua divulgação ampla na comunidade universitária é obrigatória.
6. O conhecimento dos diferentes programas, a sua análise e compreensão permitem uma escolha consciente por parte do eleitor. Uma vez terminada a eleição, é o programa de governo que baliza a administração, com os compromissos transformados em ações.
7. Os apoios recebidos pela candidatura devem ser públicos e explícitos, baseados em identidade de princípios e idéias. As trocas espúrias, os acordos de bastidores, as promessas vãs, as nomeações equívocas e as prebendas devem ser afastadas da vida universitária, sob pena de também nas Universidades prosperar a corrupção.
8. A campanha na internet e nas redes sociais segue o mesmo princípio de respeito ao eleitor e aos adversários momentâneos. Há um blog oficial da campanha, onde são veiculadas as notícias e notas assinadas e/ou identificadas pela candidata ou pelo Comitê de Campanha. Não são enviados spam, virais ou documentos falsificados.
9. Com estes fundamentos esperamos a vitória e a possibilidade de unir, reconstruir e consolidar a UNIR.
Porto Velho, 16 de fevereiro de 2012.
Profª. Drª. Berenice Tourinho
Comitê de Campanha
2. Uma campanha na Universidade pública, sustentada por recursos que são de todos, que envolve professores, técnicos e estudantes universitários, a elite intelectual de qualquer nação, deve ser a demonstração de que se pode fazer política com respeito e dignidade;
3. Os ataques pessoais, as ofensas à integridade, os golpes baixos, as mentiras e as calúnias, alimentadas pelo ódio, pela maledicência e pela inveja, são inadmissíveis e não devem prosperar. Destarte, não serão respondidas.
4. Todos têm direito a expressar suas opiniões, mas os limites estão dados pela regras de civilidade e respeito civil. Nunca é demais lembrar que, terminada a eleição, voltamos às salas de aula, aos laboratórios, aos escritórios, à convivência profissional cotidiana, que exigem colaboração mútua e aceitação das diferenças.
5. O programa de governo é o alicerce da campanha. Ele descortina os compromissos da candidatura e esclarece o eleitor. Sua divulgação ampla na comunidade universitária é obrigatória.
6. O conhecimento dos diferentes programas, a sua análise e compreensão permitem uma escolha consciente por parte do eleitor. Uma vez terminada a eleição, é o programa de governo que baliza a administração, com os compromissos transformados em ações.
7. Os apoios recebidos pela candidatura devem ser públicos e explícitos, baseados em identidade de princípios e idéias. As trocas espúrias, os acordos de bastidores, as promessas vãs, as nomeações equívocas e as prebendas devem ser afastadas da vida universitária, sob pena de também nas Universidades prosperar a corrupção.
8. A campanha na internet e nas redes sociais segue o mesmo princípio de respeito ao eleitor e aos adversários momentâneos. Há um blog oficial da campanha, onde são veiculadas as notícias e notas assinadas e/ou identificadas pela candidata ou pelo Comitê de Campanha. Não são enviados spam, virais ou documentos falsificados.
9. Com estes fundamentos esperamos a vitória e a possibilidade de unir, reconstruir e consolidar a UNIR.
Porto Velho, 16 de fevereiro de 2012.
Profª. Drª. Berenice Tourinho
Comitê de Campanha
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
BERENICE TOURINHO VISITA OS CAMPI DA UNIR NO INTERIOR
Depois de se reunir com a comunidade universitária dos campi de Ariquemes e Ji-Paraná, a professora doutora Berenice Tourinho, candidata à reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), acompanhada pelos professores Osmar Siena (Departamento de Administração), Edilson Lôbo (Departamento de Economia), Carlos Tenório (Departamento de Engenharia Elétrica) e Marcelo Sabino (Departamento de História), reuniu-se nos dias 14 e 15 com professores, estudantes e técnicos administrativos do campus de Cacoal, e com professores docampus de Presidente Médici respectivamente, para ouvir, da comunidade acadêmica, os problemas existentes nos campi e apresentar o seu plano para governar a UNIR.
Berenice Tourinho, que participou ativamente na greve recente que culminou com a renúncia do reitor Januário Amaral, denunciado por atos de corrupção e improbidade administrativa, atuou como representante dos professores na Comissão de Apoio a UNIR, “gabinete de crise”, criada pelo Ministério da Educação (SESu/MEC). Tal comissão, além de localizar os principais gargalos com que passa a Universidade, busca solucionar, com suporte financeiro, a falta de estrutura, agravada ainda mais com a adesão ao REUNI. Eleita pelo Fórum Permanente em Defesa da UNIR, para concorrer o cargo máximo da única instituição pública de Rondônia, destaca que muitos são os desafios que foram se avolumando ao longo dos anos na UNIR, porém é fundamental destacar a relevância da Universidade no contexto do desenvolvimento regional.
Depois de visitar as instalações dos campi de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e de Presidente Médici, em reunião com a comunidade universitária, Berenice destaca “são muitos os desafios existentes, porém nenhum problema criado pelo ser humano existe se ele mesmo não pode resolver. Acreditamos na nossa capacidade e vamos nos empenhar ao máximo para fazer com que a UNIR volte a ser uma referência educacional”. Para que os inúmeros problemas deixados pela administração anterior possam ser resolvidos, Berenice Tourinho enfatiza que é fundamental a valorização do trabalho de todos, e deve-se ampliar os horizontes político, “vamos trabalhar envolvendo toda classe política independente da cor partidária, precisamos de toda a bancada de Rondônia, do apoio direto do governo Federal, do governo do Estado, da Assembleia Legislativa, dos Prefeitos e das Câmaras municipais, bem como da sociedade civil”, destaca.
A consulta à comunidade, em que participarão alunos, professores e técnico-administrativos da UNIR, ocorrerá no dia 1º de março em todos os campi e contará com apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por meio de urnas eletrônicas.
Berenice diz que, mesmo que o tempo seja curto, vai visitar todos outros campi que ainda não esteve, ou seja, Guajará-Mirim, Rolim de Moura e Vilhena, “quero continuar ouvindo e discutindo tanto com a comunidade universitária, quanto com a sociedade de modo geral, os problemas existentes a fim de buscar soluções para a UNIR, pois entendo que a Universidade é da sociedade”, finaliza Berenice Tourinho. Na agenda de hoje da candidata do Fórum, consta visita à comunidade universitária no campus de Porto Velho, e, à noite, estará participando da reunião do Departamento de Medicina, no auditório da UNIR centro, às 19h.
Entrevista: Berenice Tourinho
Candidata à reitoria da Unir aponta o caminho para a reconstrução da UNIR
A indicação da professora Berenice Tourinho pelo Fórum Permanente em Defesa da UNIR, para concorrer à vaga de reitora da instituição, vem sendo recebida com simpatia por toda comunidade acadêmica. O Fórum foi criado durante o movimento grevista que culminou com a afastamento do reitor Januário Amaral. Berenice atua há mais de 20 anos na universidade e teve papel decisivo na comissão que levou ao MEC os pontos críticos pelos quais Unir tem passado. Como professora da instituição sempre se dedicou e deu preferência à sala de aula e aos projetos de extensão. Nesta entrevista, Berenice explica porque quer ser a reitora da Universidade Federal de Rondônia. As eleições na Unir estão marcadas para o dia 1° de Março.
1. A senhora é professora na Unir há 23 anos, por que só agora aceitou concorrer à vaga de reitora?
Em um primeiro momento, a indignação com o desgoverno, e a destruição institucional pelas últimas gestões desastrosas da Unir, que culminaram por inviabilizar as condições necessárias, mínimas que fossem, para o exercício da docência, a produção de novos conhecimentos através da pesquisa e da extensão.
Em um segundo momento, posso dizer que esta indignação se transformou, aos poucos, em esperança, uma vez que, mesmo no momento da greve, meu nome e de outros colegas começaram a ser apontados como possibilidade de liderar um processo de reconstrução institucional e acadêmica que se originasse de uma construção coletiva de professores, alunos e técnicos administrativos.
Assim, me senti fortalecida a disponibilizar o meu nome a consulta à comunidade acadêmica (professores, alunos e técnicos), inclusive a condição por mim estabelecida foi a de que o meu nome fosse referendado pelo Fórum Permanente em Defesa da Unir, espaço de debate criado a partir do extinto comando de greve.
O espaço do Fórum me inspirou o apoio necessário, para desenhar as propostas de governabilidade para a Unir a partir de um coletivo. E, assim, sob estas condições, aceitei.
2. Qual o maior desafio nesse processo?
É o de restaurar a governabilidade da Unir sob o critério da boa gestão pública, transparente, acorde com a legislação que orienta a administração da educação como um bem público e socialmente referenciado, prestando contas à comunidade interna e externa à Unir e, ao mesmo tempo, administrar as demandas da política superior do MEC para a instituição ainda em soerguimento.
3. A senhora participou do gabinete de gerenciamento de crise junto ao MEC, durante a greve. Como está a imagens da instituição perante o governo federal?
Sim, participei como representante docente indicada por voto no movimento de greve. Em princípio, foi assim chamado: Gabinete de Crise. No entanto, se constituiu nominalmente como Comissão de Apoio à Unir, no dia 24 de outubro. Constituída por representação docente, discente e de pró-reitores da Unir e representantes do MEC, trabalhou com base nos 20 pontos problemáticos (Termo de Ajuste de Conduta) apresentados à Secretaria de Ensino Superior, SESu, pelos professores e alunos em greve. Durante os trabalhos, tivemos que expor todos os problemas instalados, buscando uma pauta de solução emergencial e, neste processo de "cortar na própria carne", não se podia mais esconder todas as mazelas que enfrentávamos, e acredito que isso não deixou uma imagem institucional positiva nos representantes do MEC que integravam a Comissão.
4. Os técnicos reclamam da falta de apoio por parte da reitoria. Qual sua proposta para valorizar o quadro?
Entre os déficits de servidores, o mais grave da Unir é o de servidores técnico-administrativos. Isso com certeza implica uma sobrecarga de trabalho e um aumento de responsabilidades, muitas vezes tendo estes técnicos que desempenhar funções para as quais não se sentem habilitados. A minha proposta se concentra, portanto, em três pontos: 1. Retomar uma das ações da Comissão de Apoio à Unir, referentes a novas contratações, além das que já estão em andamento; 2. Criar condições para que estes servidores possam se aperfeiçoar, fazer novos cursos, novas capacitações; e 3. Ouvir este técnico e NÃO usá-lo como uma peça da engrenagem menos importante. Acredito que a experiência destes servidores é extremamente preciosa e essencial para o novo gestor. Eles "conhecem o caminho das pedras", porque conhecem a rotina do trabalho e onde ela pode ser criativa e inovada. Sai gestor, entra gestor, e lá eles estão, muitas vezes, observando com olhar crítico, mas ainda silenciosos, as distintas gestões que pela Unir passaram e continuam passando.
5. O seu slogan diz "Unir refaz seu caminho". O que significa isso no contexto da Universidade hoje?
Significa os três principais desafios que se interpõem hoje:
Unir a UNIR, entre tantas definições, adotamos aquela de "...pôr em contato o que está separado com aquilo que o complementa". A bem sucedida greve, que determinou novos caminhos para a nossa Universidade, colocou em contato pessoas que estavam separadas e o talento de cada um complementou o do outro.
Unir a UNIR significa, na nossa acepção, estabelecer concordâncias, consensos mínimos, complemento de contrários que permitam o avanço institucional.
Reconstruir a UNIR, sem exagero, pode-se afirmar que a UNIR, enquanto Instituição, foi destruída nas últimas administrações, exigindo um esforço de desconstrução e reconstrução acadêmico-administrativa. Portanto, há que se dar tratamento aos problemas relativos à reconstrução das instalações físicas, das salas de aula, dos laboratórios, dos equipamentos sucateados, das bibliotecas desatualizadas, que podem ser tecnicamente equacionados, na dependência de alocação de recursos financeiros. Além disso, é necessário investir na resolução dos problemas mais complexos, que dizem respeito à reconstrução do funcionamento institucional e da recuperação de sua credibilidade junto à sociedade.
Consolidar a UNIR, a união recente de alunos, professores e técnicos significou a mudança de direção da UNIR. Resgatou a auto-estima da participação política, a certeza que, unidos e com propósitos claros, podemos retomar os rumos da instituição e consolidá-la como referência de ensino superior. Assim, entendo que caberá à nova administração resgatar o respeito interno e externo que nossa instituição merece no contexto amazônico e nacional.
6. Como traduzir esses três eixos em termos práticos?
Unir a UNIR
· Dar continuidade ao Plano de Ação pautado pela Comissão de Apoio à UNIR, do Ministério da Educação, conquistado pelo movimento de greve, já em andamento;
· Restituir aos Conselhos de Departamentos, de Núcleos, de campi e Superiores o poder de deliberação e respeito às decisões colegiadas;
· Mobilizar toda a comunidade acadêmica, com participação da comunidade envolvente, para implementar imediatamente os processos de: avaliação institucional, Estatuinte, para elaborar o novo Estatuto e o Regimento Geral em concordância com a atual realidade da UNIR, revisão e implementação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Reconstruir a UNIR
· Regularizar a Universidade, os cursos de graduação presenciais e à distância e os cursos do PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica);
· Persistir nas negociações junto ao MEC para ampliação do quadro técnico e docente, visando a superar o déficit atual;
· Definir uma política institucional para oferta dos cursos de graduação e pós-graduação;
· Criar condições adequadas de funcionamento aos cursos de graduação e pós-graduação (mestrados e doutorados), ampliando sua oferta para garantir o status de Universidade e cumprir sua missão na região amazônica;
· Definir e implementar políticas de oferta de cursos para grupos específicos como povos indígenas, populações do campo, quilombolas, ribeirinhos, imigrantes, entre outros;
· Garantir condições plenas de acessibilidade nos diferentes campi da UNIR;
· Implantar rotinas para procedimentos administrativos e acadêmicos;
· Estabelecer uma política de comunicação e modernização dos sistemas de tecnologia na UNIR;
· Incrementar a política de assistência estudantil;
· Criar um programa interno específico de fomento à pesquisa e à pós-graduação;
· Estabelecer bases legais de interação com o mercado do trabalho, oficializando a prática de estágios curriculares e extracurriculares;
· Concluir o hospital universitário e estabelecer condições para seu funcionamento.
Reconstruir a UNIR
RIOMAR. Os últimos gestores a transformaram de fundação de apoio às atividades da UNIR em organização criminosa (conforme processo no Ministério Público). O seu patrimônio, constituído de prédios em áreas nobres da cidade, é insuficiente para pagar as dívidas trabalhistas. Neste caso, parece haver apenas uma opção:
· Liquidar a RIOMAR em conformidade com as normas contábeis e administrativas.
O Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de trabalho e estudo no campus de Porto Velho, e problemas de segurança semelhantes em outros campi, exigirá, igualmente, uma atenção diferenciada por parte da nova administração. É inadmissível que pessoas estudem e trabalhem em condições de risco, esperando que um acidente fatal ganhe as manchetes dos jornais. A solução pode estar em:
· Buscar ativamente parcerias com os municípios, com o estado, com as empresas e com a sociedade civil.
Entre as providências mais simples para consolidar a credibilidade da UNIR está:
· Constituir uma equipe dirigente que some à competência técnica, a postura ética e o conhecimento na sua área de atuação.
· A UNIR é uma universidade multi-campi e esta característica exigirá da equipe diretiva um esforço redobrado. Há problemas que se resolvem nos gabinetes, mas é indispensável a presença constante nos diferentes campi: acompanhar o cotidiano institucional, para conhecer a realidade local e encontrar diferentes soluções.
7. Como a senhora pretende aproximar a UNIR da comunidade?
Os fatores dessa aproximação, na verdade, já estão dados, mas não devidamente aproveitados. Quero dizer, há demandas da comunidade que não estão recebendo a devida atenção da Unir, enquanto instituição que deve promover a educação superior; por outro lado, há trabalhos, pesquisas e programas de ensino que a Unir desenvolve, mas que, institucionalmente, não recebem, nem internamente e nem externamente, a devida importância e visibilidade. Como a comunidade pode saber o que desenvolvemos como instituição de ensino superior, se não temos um programa ou uma política de exposição do nosso trabalho?
Vejo que é necessário transpor os muros da nossa Unir, e a iniciativa deve ser nossa. Insisto não só na composição efetiva da representatividade da comunidade nos conselhos gestores da Unir, e, para além disso, a criação de um sistema de comunicação institucional eficiente que divulgue, segundo critérios de popularização da ciência, toda a nossa produção acadêmica a qual reputo de maior qualidade.
Outro canal possível de interação entre a Unir e a comunidade se criou com o movimento de greve: o Fórum Permanente em Defesa da Unir. Penso que este fórum deve se consolidar não só na capital, mas em todos os campi do interior, como um espaço de debate amplo que comporte diferentes e múltiplas vozes não só da comunidade acadêmica, em seus distintos segmentos, mas também um espaço de interação com a comunidade e suas diversas vozes. Isso cabe, perfeitamente, no conceito de Universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada.
8. Uma das defesas do Fórum é a democratização dos processos de pré-escolha dos gestores. Qual é o modelo ideal?
O modelo ideal é aquele construído na luta democrática, o sufrágio universal, que foi exercitado no Fórum. Por outro lado, a luta também se dá na defesa da representação e escolha paritária de docentes, estudantes e técnico-administrativos nos colegiados superiores e nos colegiados das unidades, eleita pelas respectivas categorias.
9. O que a senhora considera decisivo na gestão da UNIR daqui pra frente?
Transparência nos processos de tomada de decisão e na gestão de processos administrativos e acadêmicos não só para a comunidade acadêmica, como também para a sociedade para a qual devemos responsabilidade social. Isso administrativamente bem feito pode promover a superação da crise de credibilidade institucional na qual a UNIR mergulhou, como também promover uma interlocução de qualidade entre a equipe gestora, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Só com uma gestão transparente e socialmente referenciada, teremos base para retomar o desenvolvimento institucional.
Mais Informações: berenicetourinho40.blogospot.com
Fonte: Assessoria
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Sábado , 11 de Fevereiro de 2012 - 08:49 - Educação
TRÊS DÉCADAS E A HISTÓRIA DOLOROSA DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIR
Às vésperas de completar 30 anos de existência, a Universidade Federal de Rondônia experimenta um momento que pode ser considerado um divisor de águas. Criada em julho de 1982, a UNIR tenta se recuperar da pior crise registrada na instituição. No segundo semestre de 2011, um grupo de professores e alunos se mobilizou para pedir o fim de uma série de irregularidades na gestão que tinha o corpo instalado na reitoria há pelo menos 12 anos.
Entre as reivindicações, eles pediam a saída de Januário Amaral que, antes de assumir a vaga de reitor, há quatro anos, fez parte da gestão de Ene Glória nos dois mandatos. Depois da ocupação do prédio da reitoria e da greve que durou quase três meses, a então vice-reitora, professora Maria Cristina Victorino, assumiu interinamente o cargo por três meses, dada a renúncia de Amaral. Agora, a comunidade acadêmica se prepara para eleger o próximo reitor, gestor que terá o desafio de mudar o quadro de insatisfação instalado hoje, principalmente entre os acadêmicos. “Eu me sinto péssima, quando vejo professoras e pessoas de outros lugares que, ao visitarem a UNIR, dizem que é a pior Universidade do país”, lamenta a acadêmica Ilza dos Santos, do curso de Ciências Sociais e membro do Fórum Permanente em Defesa da UNIR.
O Fórum, criado no período pós-greve, indicou a professora Berenice Tourinho, para concorrer à reitoria. Para quem conhece a universidade desde sua criação, o nome de Berenice foi recebido com otimismo. “Uma pessoa séria como ela para entrar numa disputa como essa é uma questão de voltar a ter orgulho da universidade. Podemos acreditar que a UNIR pode se levantar novamente”, declarou Carmem Claros, aposentada do quadro técnico e administrativo.
O professor Luis Novoa lembra que, ao longo dessas três décadas, há exemplos cristalizados de que a UNIR, até agora, não cumpriu o principal papel de uma instituição de ensino superior junto à sociedade. “O que nós vivemos até agora, desde a fundação da UNIR, foi a reprodução das piores facetas do processo histórico do Estado de Rondônia. Nós estamos num momento de renascimento, é como se estivéssemos criando a universidade de novo, a partir de uma experiência muito dolorosa. Então, a aceitação da professora para o pleito demonstra uma posição muito corajosa de enfrentar e virar essa história”, finalizou o professor.
Sobre os desafios que têm pela frente, a professora Berenice Tourinho disse que a imagem da UNIR precisa ser resgatada com foco em três eixos: unir, reconstruir e consolidar. No link a seguir veja mais detalhes: http://www.youtube.com/watch?v=20HleQnFOLs
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